domingo, novembro 20, 2005

VAGABUNDO

Era um vagabundo.
Era um vagabundo muito normal. Feio, porco, mal cheiroso.
Desceu as escadas da estação do metro até ao cais.
Aí, esperou..., esperou..., veio um comboio e de repente espirrou.

O corpo estremeceu como que sacudido pelo chão, saltou pelo ar e caiu de cabeça nos carris. A carruagem bateu-lhe no crâneo e descarrilou.

O vagabundo levantou-se aborrecido. A pressão das rodas de ferro na cabeça fizeram-no cerrar os dentes com tanta força que lhe saltou um molar pelo ouvido.

Foi então que percorreu o túnel à procura do dente podre.

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