quarta-feira, março 22, 2006
Hybris
Como uma nuvem insidiosa
carregada de sal negrão
encheu-se o Sol
entrincheirado
na apatia estival da reluzente areia flávia sensabor
Vindo o Outono, soltou-se a insónia,
biombo da introspecção,
guarida do coração desfiado por palavras adiadas;
ora depertas
libertam a dor inaugural que o destino não sara nunca
O gelo agudo da madrugada escondeu-se
pisado pela bátega que encharcou os olhos desmascarados
Anunciado hoje o primeiro Verão
evapora-se agora a semente do decantado encontro
e sobe em cortinas translúcidas o ígneo líquido vital
Os campos vão de novo florir elevando odores revelando-nos
Velado o espírito, revela-se a cidade onde de novo se adia
o rasgar do sulco que denuncia o húmus calcado
e a semente do decantado encontro implode em nada
oculta pela frágil e perpétua membrana do fajo estéril.
Como uma nuvem insidiosa
carregada de sal negrão
encheu-se o Sol
entrincheirado
na apatia estival da reluzente areia flávia sensabor
Vindo o Outono, soltou-se a insónia,
biombo da introspecção,
guarida do coração desfiado por palavras adiadas;
ora depertas
libertam a dor inaugural que o destino não sara nunca
O gelo agudo da madrugada escondeu-se
pisado pela bátega que encharcou os olhos desmascarados
Anunciado hoje o primeiro Verão
evapora-se agora a semente do decantado encontro
e sobe em cortinas translúcidas o ígneo líquido vital
Os campos vão de novo florir elevando odores revelando-nos
Velado o espírito, revela-se a cidade onde de novo se adia
o rasgar do sulco que denuncia o húmus calcado
e a semente do decantado encontro implode em nada
oculta pela frágil e perpétua membrana do fajo estéril.