quinta-feira, maio 25, 2006
Aberração
És um cancro,
os teus dentes brancos
escondem a cárie dos teus neurónios
Ao pé de ti
uma porta debita números primos
as paredes
albergam tratados de ciência futura
os cães declamam poesia árabe
e as pedras, (coitadas das pedras),
as pedras transpiram inteligência metafísica
As tuas mãos são uma aberração enrugada
do proxenetismo das tuas palavras
A tua saliva 605 forte
é fonte ígnea do teu orgasmo virgem
O teu cabelo cheira a Schwartzkopf
nauseabundo
como a brisa de Auschwitz
És uma gralha do destino,
epigno serôdio da raça humana!
És um cancro,
os teus dentes brancos
escondem a cárie dos teus neurónios
Ao pé de ti
uma porta debita números primos
as paredes
albergam tratados de ciência futura
os cães declamam poesia árabe
e as pedras, (coitadas das pedras),
as pedras transpiram inteligência metafísica
As tuas mãos são uma aberração enrugada
do proxenetismo das tuas palavras
A tua saliva 605 forte
é fonte ígnea do teu orgasmo virgem
O teu cabelo cheira a Schwartzkopf
nauseabundo
como a brisa de Auschwitz
És uma gralha do destino,
epigno serôdio da raça humana!