sexta-feira, maio 12, 2006

SINAIS DE DEUS - verdade sem método

A planta do pé, apesar de endurecida,
procura caminhos viçosos
onde experimente a frescura molhada
que o mar lançou madrugada dentro

Os espinhos ordinários
que de quando em quando se cravam
ajudam a apressar o passo,
e lembram que a erva fofa
partilha os seus domínios
com notas de vigília

A palma da mão, macia,
marca o compasso de equilíbrio do tronco,
e livre,
recolhe o sopro do vento despreocupado.

Ansiosa do toque, harpeia finos caules que riscam o horizonte

Um tufo azul pingado de brilho colou-se-lhe aos nós dos dedos,
e quando coloriu o resto do corpo em banhos de damasco suculento,
descobriu a verdade da estrada marcada pela desilusão da promessa.

Já o Sol ía alto quando secado o paúl,
revelou-se nauseabundo o lodo pegajoso
da mentira compulsiva, impoluta de escrúpulo

A insistência do erro
trabalha a soma de ingredientes imberbes de tolice
ao critério impugnado,
deferido pelo ninho de mioleira plasticina,
imaturo dom da graça promíscua

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