sexta-feira, outubro 06, 2006
NOTAS DE CHÁ
Do chiado à tua porta
caminhámos ruas desertas.
o ar estava limpo e leve...
galgámos o lavra.
- tão lindo!
era aquela fiada de candeeiros reluzentes
degraus acima
enraizados na calçada branca
na diagonal da subida
nos bancos de jardim, repousámo-nos
Continuámos
desenhando um arco de passos
onde ninguém ficou cego
Ignorámos as superstições médicas do campo santana,
seguimos dos mártires à estefânia
Ignorámos as avenidas e calcorreámos histórias
aconchegados nas ruas interiores
Pelos espelhos das montras,
mirámos puxadores de portas especuladas,
mas não abertas.
Fomos do chiado à tua porta
e a noite cerrou-se,
igual a todas,
antes do dia nascer
Do chiado à tua porta
caminhámos ruas desertas.
o ar estava limpo e leve...
galgámos o lavra.
- tão lindo!
era aquela fiada de candeeiros reluzentes
degraus acima
enraizados na calçada branca
na diagonal da subida
nos bancos de jardim, repousámo-nos
Continuámos
desenhando um arco de passos
onde ninguém ficou cego
Ignorámos as superstições médicas do campo santana,
seguimos dos mártires à estefânia
Ignorámos as avenidas e calcorreámos histórias
aconchegados nas ruas interiores
Pelos espelhos das montras,
mirámos puxadores de portas especuladas,
mas não abertas.
Fomos do chiado à tua porta
e a noite cerrou-se,
igual a todas,
antes do dia nascer