quarta-feira, janeiro 24, 2007

Corcéis Cegos


Não foram corcéis cegos,
os anunciados pelas pitonisas

chegado ao portal d' encruzilhadas incontáveis,
o momento instante da passagem
não esperou a indecisão arbitrária do pigmeu,
cavaleiro armado de um esquisso emprestado,
cerrado agora no momento iniciático,
fechado na ilusão heróica de Mani

Não foram corcéis cegos,
os anunciados pelas pitonisas

apartado da idade de ouro
constrói a fantasia adiada em percursos paralelos.
o método aparente segue o turbilhão do pathos,
irónico inimigo da ordo

Não foram corcéis cegos,
os anunciados pelas pitonisas

no fiar ingénuo da sua condição
abdicou do arbítrio,
e na depressiva introspecção infante
multiplicou-se incauto nas maratonas
da mágica crença numa cidade perfeita

Não foram corcéis cegos,
os anunciados pelas pitonisas

e quando pausas negligentes
troam ecos nipónicos de ippon
desce à calma cipreste aclamada imortal

ai descobre o desvelar cíclico da condição original,
nela encontrando-se cada vez mais as deambulações
do adolescente tardio

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